sábado, 20 de julho de 2013

A BOLA

Quando o meu irmão e a família dele se mudaram para a casa nova, muitas coisas estranhas começaram a acontecer. O que eu vou contar foi a experiência mais assustadora de todas que ele teve.

Aqui vai:

O filho do meu irmão tinha uma bolinha de borracha que ele adorava. Era uma dessas bolas que você joga no chão e ela pula. Devia ser do tamanho de uma bola de tênis. Ele brincava com essa bola todo dia, jogando ela contra a parede da garagem, fazendo ela quicar e voltar pra ele. Numa tarde ele guardou ela numa caixa junto com outros brinquedos.

Algumas semanas depois, ele foi pegar a bolinha para brincar com ela e não a encontrou. Ele continuou procurando por ela por toda parte, mas não a encontrava em lugar nenhum. Ele procurou por mais algum dias, mas como toda criança pequena, ele acabou desistindo e esqueceu dela.

Vários meses depois, quando o meu irmão estava sozinho em casa, ele estava subindo para o escritório dele. Quando estava na metade da escada, alguma coisa bateu nas costas dele. Quando ele virou para ver o que era, ele ficou chocado ao ver a bolinha de borracha que estava sumida já havia meses rolando pelo chão, como se nunca tivesse sumido. Depois de procurar em volta por alguma outra explicação, ele não conseguiu achar nada. De fato tinha sido a bolinha que acertou ele nas costas. Onde aquela bolinha tinha estado todos aqueles meses? E quem jogou a nele? Não havia mais ninguém na casa para jogar aquela bolinha.

Depois de ver alguns registros e coisas do gênero, o meu irmão descobriu o que podia ter acontecido: era o fantasma de um garotinho, que morreu na casa muitos anos atrás. A família que morava na casa era muito reclusiva. Eles quase não tinham contato com o mundo de fora. Eles tiveram só um filho e eram superprotetores com ele, nunca deixavam ele sair de casa ou ter contato como mundo de fora, então basicamente, ninguém sabia da existência da criança. Era como se ele nunca tivesse existido. Uma vida triste, mas verdadeira.


Fernanda - São Paulo - S.P.

Sem comentários:

Enviar um comentário